domingo, 20 de novembro de 2016

Pe. Jeremias José Nogueira * 1811 - Ibituruna/MG - Brasil
                                                                   + 1882 - Fazenda Santa Rosa (entre Avaí e    
                                                                               Reginópolis/SP)                       

Fonte: AQUINO, Henrique Perazzi de. e  BERGOCCE, Fausto. Reginópolis - Sua História, São Paulo: Editorial Kalaco, 2011, p. 57

Vitral da Matriz Nossa Senhora de Belém - Descalvado/SP

Fonte: AQUINO, Henrique Perazzi de. e  BERGOCCE, Fausto. Reginópolis - Sua História, São Paulo: Editorial Kalaco, 2011, p. 58


Nos últimos anos de vida para celebrar as missas contava com ajuda de seu escravo “Pai João”, que o carregava nos braços até o altar
Fonte: AQUINO, Henrique Perazzi de. e  BERGOCCE, Fausto. Reginópolis - Sua História, São Paulo: Editorial Kalaco, 2011, p. 59



Do Clero da Arquidiocese de São Paulo/SP

1934 - data provável de sua ordenação Presbiteral.
10.03.1882 (?) - Já gravemente doente escreve o testamento.
(...) a primeira menção de seu nome ocorre no início de 1863, quando, designado para mais uma missão n nome da igreja, aporta na região. Após adquirir terras de um rábula de Lençóis Paulista, Ladislau Soares Monteiro e, acompanhado e seu sobrinho, Jerônimo José Nogueira, e quatro escravos (José, Manoel, Paulo e Atanacio) chegam ao local (...)
Fonte: AQUINO, Henrique Perazzi de. e BERGOCCE, Fausto. Reginópolis - Sua História, São Paulo: Editorial Kalaco, 2011, p. 57
Nota - Abaixo segue Necrologia completa

Funções Exercidas na Diocese
Função
Local
Período
Uso de Ordens
Diocese de Botucatu
1863
Capelão
Capela Nossa Senhora Rainha dos Anjos - Reginópolis
1863


Necrologia
Desbravamento de Fé

Sobre a procedência do padre, ele é mineiro de Ibituruna, cidade da Zona Campo das Vertentes, e passou parte da infância naquela região. Batizado em 5/10/1811 na Capela de São Gonçalo, vila de São João do Bispado de Mariana (atual Bispado de São João Del Rey), paróquia de São Gonçalo do Amarante, filho de José Francisco Unhão e Anna Vicencia. Dos 7 aos 21 anos morou em Alfenas (MG), e em 1832 passou pelo processo de habilitação de Genere et Moribus (nascimento e costumes – perícia da igreja detectando prováveis impurezas de futuros padres). Vindo de Campanha (MG), chega a Descalvado (SP) em 1835 e no período até 1842 foi pároco na cidade, onde seu nome é reverenciado até hoje, recebendo nome de rua e vitral em sua homenagem na paróquia da Igreja Matriz Nossa Senhora do Belém, por ele oficializada em 1842. Intercalou outros períodos na cidade, findando-os em 1870. Também foi pároco em São Simão, Ribeirão Preto, Santa Rita do Passa Quatro, Casa Branca e outras localidades. Participou de muitas missões designadas pela igreja, como em 186 ter fundado o bairro de Santa Cruz, construindo a capela com o mesmo nome em Descalvado sua igreja, a da Paróquia Nossa Senhora das Dores. Como se percebe, sempre envolvido com ações na região, em 1863, então com 52 anos, é a pessoa mais importante quando do marco inicial da fundação de um povoado, esse que futuramente receberia o nome de Reginópolis. Um parêntese é necessário para esclarecer o nome correto do padre, como “G” ou “J”. A confirmação vem de documento assinado por esse, pertencente aos Arquivos da Cúria Metropolitana da Igreja Católica, localizada na capital paulista, contendo sua assinatura, com “J”. Permaneceu quase duas décadas na região, com intenso trabalho comunitário até o momento em que nele se manifesta de forma agressiva, uma grave doença, a lepra, afetando definitivamente sua saúde. Evita ao máximo o contato com as pessoas, continuando a realizar as missas, com a ajuda de uma única pessoa sempre muito próxima, o escravo “pai João”, que o carregava nos braços até o altar. Seu falecimento deu-se em 1882, com 71 anos, depois de prolongado sofrimento por mais de dez anos e quando se encontrava na Fazenda Santa Rosa, meio caminho entre Avaí e Reginópolis. Seu corpo foi velado por algumas horas na capela, mas, atendendo sua vontade, foi transladado para a povoação do Espírito Santo da Fortaleza, localizada a 70 quilômetros de onde estava e a 12 quilômetros da então vila de Bauru. Aberto seu testamento, foram constatados como herdeiros, além de sua irmã e seu sobrinho, os quatro escravos, que, além da liberdade, tiveram cada um deles nada menos que 50 alqueires de terra na região, algo até então inusitado para um religioso.
Fonte: AQUINO, Henrique Perazzi de. e BERGOCCE, Fausto. Reginópolis - Sua História, São Paulo: Editorial Kalaco, 2011, p. 57

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